terça-feira, 26 de setembro de 2017

Resenha: Uma História Incomum sobre Livros e Magia

Atenção, atenção, atenção, que hoje tem resenhaaaaaa. Vocês já conhecem o livro "Uma História Incomum sobre Livros e Magia"? Eu li ele já há algum tempo e resolvi que estava na hora de resenhá-lo para vocês. Se segurem e vamos embarcar nessa viagem cheia de magia, ficção e aventura.

Nome: Uma História Incomum sobre Livros e Magia
Autora: Lisa Papademetriou
Páginas: 192
Formato: Físico
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Avaliação Geral: 4/5


Sinopse

Duas meninas encontram um livro mágico e cada uma se vê envolvida numa história que parece ser contada sozinha. 
Kai chega ao Texas para visitar sua tia-avó Lavinia – uma senhora extravagante, durona e fã de hip-hop. Do outro lado do mundo, no Paquistão, Leila deseja ser tratada como uma princesa pela família de seu pai e viver fortes emoções. 
Elas só não fazem ideia de que seus mundos completamente diferentes estão prestes a se chocar graças a um enigmático livro em branco. 
Quando Kai escreve no livro, suas palavras magicamente aparecem no exemplar de Leila. As meninas então percebem que O cadáver excêntrico reage a cada frase acrescentada – não importa se foi inspirada pelo ataque de um chihuahua ou por um mal-entendido com uma cabra – com um trecho da história de amor vivida por Ralph Flabbergast e Edwina Pickle mais de cinquenta anos antes. 
Uma história incomum sobre livros e magia entrelaça essas três perspectivas – de Kai, Leila e Ralph – de uma forma divertida e emocionante. É uma narrativa mágica sobre o destino e os laços invisíveis que nos ligam uns aos outros.

Resenha


Magia. Quando algo deixa de ser normal e passa a ser mágico? Talvez com ajuda de uns livros, umas borboletas e uma linda história de amor, podemos saber a resposta dessa pergunta. Duas garotas, Kai e Leila, uma no Texas, visitando sua tia-avó, outra no Paquistão, visitando a família. Elas encontram um livro, mas não qualquer livro, um livro mágico, O Cadáver Excêntrico, cada uma com o seu exemplar, ficam intrigadas pelo fato de não haver nenhuma história no livro. 

Mas como já dizia Halph, alguém precisava começar a história para que ela fosse contada. Kai foi a primeira, ela escreveu uma frase aleatória no livro, mas nada aconteceu, então ela o guardou. Entretanto ao ver novamente o livro, havia mais alguma coisa escrita, sim, o livro era realmente mágico. Com o passar da história, percebe-se que o que é escrito em um exemplar, aparece no outro, e qualquer coisa que elas escrevessem, não importava o quão aleatório fosse, sempre resultava em uma nova continuação e assim, vamos nos familiarizando com a história.

"O livro mágico lhe ensinara uma coisa: ela nem sempre precisava compreender o que estava acontecendo para continuar avançando."

A história contada no livro mágico se referia a Halph e Edwina, eles se conheceram em um hospital, ela tocava violino e atraia borboletas com sua música, ele era um mágico de fachada, mas que acreditava na verdadeira magia, e foi exatamente isso que lhes aproximou. Ao longo da história, tanto o leitor, como Kai e Leila - que a essa altura já se conformaram e pararam de assustar pelo livro escrever sozinho - começam a entender a trama, e simplesmente escolhem esperar para entender até onde isso vai dá.

Apesar de estarem tão longe uma da outra, as garotas estão conectadas, e não só pelo livro, mas por um laço de sangue, elas não escolheram o livro, ele as escolheu e, mais tarde, acabamos entendendo o porquê. Essa história me fez perceber as coisas a minha volta de uma forma bem diferente de antes, para quem gosta de fantasia com um toque de realidade, essa com certeza é a obra.

"Tudo é mágico. O céu, as estrelas, o mundo inteiro. É um milagre se a gente pensar bem."

Além da magia, o livro também trata de coisas sérias, como a miséria que, na história, está retratada no Paquistão, mas, se pensarmos bem, na nossa cidade mesmo tem pessoas que passam fome, que não podem trabalhar e, se ficam doentes, não tem como pagar um médico, esse é um dos pontos. O outro é a importância da amizade na vida de alguém, e o quanto ela faz falta.

"Às vezes, encontrar um amigo de verdade pode nos fazer perceber melhor a solidão que há na nossa vida até aquele momento."

Narrado em terceira pessoa, o livro alterna entre o ponto de vista de Kai e o de Leila, os personagens são bem trabalhados e a autora soube concluir a obrar com tanta maestria que, ao meu ver, não deixou nada a desejar em relação ao final e todo o mistério foi perfeitamente esclarecido. Além de deixar uma pequena abertura, ao finalizar, para o leitor ser capaz de imaginar o que aconteceria a partir dali.

Indico muito para quem gostar de uma boa fantasia, mas também para quem procura uma leitura leve. Eu, particularmente, usei o livro para me tirar de um ressaca literária e deu super certo, você que está precisando de um pouco de magia e diversão na leitura, esse é o seu livro. E vocês, já conheciam essa obra? Já leram? Me contem nos comentários o que acharam dele, certo? Deixo-lhes agora com alguns quotes que eu preparei do livro, espero que gostem.

Frases do Livro

  • Essa é a minha história. Sou eu quem decido a minha história, e minha história é uma aventura romântica! Porque eu tenho uma vida de viagens internacionais e fortes emoções. (pág. 73)
  • Sentia-se pesado, muito pesado, como se fosse atravessar o colchão e cair no chão. Como se fosse atravessar o chão e afundar no solo. (pág. 86)
  • Temos que fazer escolhas todos os dias. Ser melhor ou ser pior. Qual é a sua? (pág. 108)
  • Ele se sentia como a toupeira: contente em sua escuridão, sem interesse pela vastidão do mundo e nem um pouco sozinho. (pág. 112)
  • Até mesmo as flores podem ser letais. (pág. 117)
  • Exitem algumas ocasiões na vida em que não há nada a fazer a não ser esperar. (pág. 120)
  • Às vezes as coisas não davam certo, não importava quanto você se esforçasse. (pág. 128)
  • O que são cinco anos para alguém apaixonado? Uma eternidade, é claro. Mas uma eternidade pela qual vale a pena esperar. (pág. 141)
  • Para certos problemas não há solução. (pág. 158)
  • Quando se combate fogo, muitas vezes é melhor usar fogo. (pág. 171)

Resenhado por Amanda Oliveira.

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